IPCC reconhece que pode estar errado sobre as causas humanas e o aquecimento global

Se esse título surpreende você, é uma boa indicação de como foi bem sucedido o esforço do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas nos últimos 20 anos, de atribuir à atividade humana o aquecimento global. Não estou aqui relatando algo realmente novo. Estou apenas afirmando que é coerente com a lógica a necessidade de inferência sobre uma das mais conhecidas alegações contidas no resumo para os políticos do relatório do IPCC de 2007:

“A maior parte do aumento observado nas temperaturas médias globais desde meados do século XX é muito provavelmente devido ao aumento observado nas concentrações de gases gerados pela atividade humana”.

Eles atribuem uma probabilidade de 90% para o termo “muito provável”. Esta é uma curiosa utilização de probabilidades estatísticas relacionadas com o aquecimento global nos últimos 50 anos e a possibilidade de ele ser ou não ser principalmente devido às emissões geradas pela atividade humana. Probabilidades não se aplicam a acontecimentos como este.

O que o IPCC está realmente fazendo é usar probabilidades para tentar juntar dados científicos com a intensidade de sua crença. Eu ficaria muito surpreso se não houvesse vigorosa oposição ao uso de probabilidades desta forma por parte de membros do IPCC…, mas a liderança do IPCC realmente precisava de uma forma que soasse científica para ajudar a empurrar a sua agenda política, então eu tenho certeza que quaisquer objeções foram anuladas.

Mas estou divagando. O meu ponto principal aqui é que o IPCC admite que eles podem estar errados. Isso não soa para mim como “a ciência está resolvida”, como o Al Gore costuma dizer. Se é “muito provável” que “a maior parte” do aquecimento observado foi devido à atividade humana, então eles estão admitindo que, ao contrário, é possível, mas pouco provável, que o aquecimento tenha sido majoritariamente devido a causas naturais.

OK, vamos jogar com a pouca probabilidade do jogo. Dado o extremo custo de reduzir significativamente nossa emissão de gases de efeito estufa, não poderíamos dizer que seria importante pesquisar ativamente a possibilidade de que 10% do aquecimento é majoritariamente devido a causas naturais, como o IPCC facilmente admite?

Onde estão os 10% do dinheiro que os governos deveriam investir em pesquisa para analisar essa possibilidade? Desconfio que está indo para ONGs ambientais, que estão encontrando novas maneiras de embrulhar o “aquecimento global” para que ele não soe como uma questão liberal. Ou talvez eles estejam trabalhando em uma forma mais inteligente de chamar os pesquisadores que, como eu, são chamados de “céticos” ou “negadores”, o que já está ficando um pouco cansativo.

Durante muitos anos, o Departamento de Defesa norteamericano manteve uma “equipe vermelha” de revisores dedicada a encontrar buracos no “consenso da opinião” sobre os sistemas de armas que custou bem menos que a punição sobre o uso das nossas mais abundantes e acessíveis fontes de energia que se quer criar. Parece que até um sem-cérebro poderia fazer algo semelhante, para evitar algo tão caro e tão destrutivo para a vida das pessoas pobres em todo o mundo.

Poderíamos chegar quase à impressão de que existe mais do que apenas ciência a determinar qual ciência sobre o clima deva ser financiada, e como ela é relatada pela nova mídia. Ah, é verdade… esqueci-me de que as Nações Unidas estão a cargo de todo este esforço. Bem, eu tenho certeza que eles sabem o que estão fazendo.

O post acima é uma tradução livre do blog do Dr. Roy Spencer. Para ver o original, clique aqui

“A convicção de que a humanidade moderna controla o clima não difere muito das antigas civilizações fazendo sacrifícios aos deuses da natureza”

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